A DIVERSIDADE E A UNIDADE DE DEUS
Síntese 1: O homem procura
encontrar no sobrenatural o que lhe dá a estabilidade emocional necessária à
vida.
Síntese 2: Deus é o espírito que dá a vida, e deixa sua
marca em tudo para ser encontrado, mas o homem não o reconhece.
Comentário:
Segundo
a Bíblia o homem foi criado por Deus para viver no ‘paraíso’, e exercitar sua
razão com liberdade e paz (só havia o bem). A liberdade é pensar, e pelo melhor
uso da inteligência se alcança a razão. A razão é a clareza de pensamento. O
bom pensamento e a razão vêm de Deus, e levam à lei, justiça e paz. Deus
proibiu o homem comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal porque
ele perderia sua liberdade. Ele já conhecia o bem, se comesse o fruto proibido
passaria a conhecer o mal. Por ser livre o homem desobedeceu, comeu o fruto, e
gostou. O mal contaminou sua substância, e passou a ser sua vontade; e ele
perdeu o paraíso. O homem impuro passou a ser dualista e separar tudo em bem e
mal. Ele se acha bom, mas é mau, isto é inversão de valores, e o que é bem para
o homem é mal para Deus. A Bíblia fala de coisas do espírito e coisas da carne,
e que elas são contrárias. Paulo diz em sua carta aos Coríntios (1Cor3,19): ‘a
sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus’.
Para
voltar à razão (ao bem) o homem deve se reconhecer mau, mudar, e se converter.
As ações de mudança são: querer mudar,
cultivar
cada mudança,
esperar,
aprender,
crescer e
ver o
mundo de fora dele.
É um
processo lento dificultado pelas emoções, coisas do mundo e da carne. O fruto
da conversão é a reversão dos valores.
O homem passa por diversos modos
durante a conversão. Eles são: treva, irracional, inteligente, puro e perfeito.
A aceitação de Deus aumenta a cada modo.
O modo perfeito é o superior, e
nele só há o divino, o ‘ser’, a substância. É o lugar do trono de Deus.
No modo puro o homem está na luz.
Quase tudo vê e entende, e seu entendimento é livre de instintos. É racional.
Os instintos não influenciam tanto sua vontade, pois entende mais as coisas,
devido à razão. Vive com pensamentos puros de amor, ligado a Deus. Percebe o
seu interior ao qual dá mais valor que ao seu exterior. Sua substância está se
purificando, e ele é quase todo bem, justiça e paz.
No modo inteligente o homem vive
guiado por sua vontade, mas controlada pela razão. Ele é mais inteligente e
racional, que instintivo e emocional. Preocupa-se com os outros, e se liga a Deus
com temor e respeito.
No modo irracional o homem vive
como um animal doméstico. Guiado por sua vontade, instintiva e emocional, pensa
mais em si que nos outros. Só percebe o exterior e a aparência. Confunde Deus
com a natureza, e o procura em superstições e mitos com temor e medo. Quando o
homem irracional sentir a presença de Deus, ele começará a ‘pensar’ de verdade
(raciocinar e entender), então entrará na fase de conversão para o modo
inteligente.
No modo treva, o homem vive como
um animal selvagem, guiado por seus instintos, e preso a uma vontade
desequilibrada. Não respeita o próximo, e desconhece Deus.
Os modos superiores compreendem
os inferiores, e Deus compreende todos eles. Cada modo existencial tem sua
visão de Deus, e um comportamento próprio. Isto se reflete no jeito de viver, e
na religião (contato com Deus). Pessoas que estão no mesmo modo pensam e sentem
Deus de forma semelhante, e formam uma ‘igreja’, ou uma unidade espiritual. Por
isso há muitas igrejas e denominações, pois há pessoas em variados modos
existenciais. Pessoas de modos diferentes têm capacidades diferentes. Pensam e veem
Deus de formas distintas parecendo se tratar de deuses diferentes, mas que são
apenas pontos de vista mais puro ou menos puro do mesmo Deus. Em outro capítulo
falo das faces de Deus, que é como Deus se apresenta para nós, mas aqui falo
dos modos como o homem o vê. A maioria dos homens vive nos modos irracional e
inteligente, e para mudar de modo precisam conhecer Deus. Violentos e
psicopatas estão no modo trevas. O homem é livre, e escolhe seu caminho em cada
decisão que toma.
No
livro dos Atos dos Apóstolos da Bíblia há um ensinamento referente à capacidade
de entendimento das pessoas. Trata-se da vinda do Espírito Santo sobre a
igreja, que diz: ‘Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em
outras línguas, conforme o Espírito lhes concedia. Achava-se em Jerusalém
judeus de todas as nações. Ouvindo aquele ruído, reuniram-se e se maravilhavam
de que cada um os ouvia falar na própria língua, e diziam ‘Não são galileus
todos estes que falam? Como é que nós ouvimos falar em nossas línguas?’ Estavam
todos atônitos, e sem saber o que pensar; outros, porém diziam que estavam
embriagados pelo vinho’ (At2).
Conclusão. Deus criou tudo com
conhecimento e sabedoria, e mantém a criação com a Providência (seu Espírito).
Seu Espírito tudo procria a cada instante ‘agora’, mantendo a vida. Portanto
também age no homem, e lhe ensina e guia, conforme o modo de existir de cada
um. Deus ensina a todos igualmente, mas a percepção depende da vontade de cada
um, da capacidade (de aprender e entender) e cultura (da educação e costumes).
AS
CARACTERÍSTICAS DE DEUS.
Síntese: As características de
Deus são as formas como o homem o percebe.
Comentário 1:
O poder.
Um homem chamado Abraão nascido e
criado em ambiente politeísta, observava o poder da vida nas terras áridas.
Após uma chuva temporã nos locais onde só havia cascalho, brotavam ervas que
logo frutificavam. Os frutos amadureciam, as ervas morriam, e as sementes se
espalhavam com o vento para nascer na próxima chuva. E a vida se multiplicava
no deserto, pois a cada chuva tudo se repetia. Abraão se impressionou, pois
como era possível uma planta nascer da chuva e do cascalho? Imaginou, e passou
a seguir o deus da ‘vida’. Entendeu que ele era o único poderoso para dar a
vida a partir de 'nada'. Viu que Deus cria todas as coisas, e as mantém
(procria) repetindo a mesma coisa sem se cansar, sempre da mesma forma. Notou
que havia leis, que eram cumpridas rigorosamente, e estas leis são a ‘vontade
de Deus’. E assim Deus se revela na simplicidade das observações de Abraão. Não
só a Abraão, mas a quem tiver simplicidade para descobri-lo, pois a
simplicidade depende de querer ser simples. Nota: Ser simples não é ser
simplório.
Comentário 2:
Características e atributos.
O homem percebe Deus através de
grandezas compreensíveis e incompreensíveis. As incompreensíveis são: o tudo, o
nada, o zero, o infinito (alfa e ômega), o eterno (o agora, tempo zero), a
liberdade, a paz, a felicidade, a justiça, a igualdade, o bem, a verdade. Elas
formam o poder de Deus (o trono), que tudo pode, e que é infinito e eterno no
seu Reino (domínio), que é a criação. Delas saem as grandezas compreensíveis: a
parte, o finito, o tempo, o espaço, a matéria e a forma.
Os atributos de Deus são as
virtudes (Espírito Santo), que é o Seu ‘ser’. Eles são: único, vida, amor, luz,
paz, alegria, beleza, poder, perfeição, ciência, sabedoria, verdade, santidade,
criação, providência, bondade, paciência, generosidade, justiça, clemência,
misericórdia, compreensão, fidelidade, longanimidade, domínio, vitória,
refúgio, fortaleza, escudo, socorro, sustento, salvação, etc. Quem consegue
imaginar o ser que é tudo isso ao mesmo tempo, estará vendo Deus. E quem
consegue praticar alguns destes atributos, estará obedecendo à vontade de Deus.
As características e os atributos
não são encontrados na realidade do mundo físico e material, mas no mundo
espiritual ou metafísico. Por isso devem ser pensados, queridos e procurados.
O homem nega Deus, mas tem ideais
como: liberdade, justiça, igualdade, ciência, paz, fraternidade, democracia,
felicidade e perfeição, que são inspirados por Deus. Mesmo não crendo o homem
quer a vontade de Deus, porque estas coisas são necessárias à vida.
Comentário 3:
A onipresença.
Deus é espírito de vida, paz,
alegria, amor, luz, sabedoria, ciência, invisível aos olhos, mas perceptível
por sua obra. A obra prima de Deus é a vida. Deus faz maravilhas com sua
vontade, faz a semente germinar, e a planta crescer sozinha. A respiração, o
metabolismo, e o existir dos seres vivos. Deus faz ser e acontecer (isto é
espírito). Ele é Espírito de vida, e a dá. Então a presença de Deus em nós está
na forma de vida e de bons pensamentos, pois tudo que contribui para a vida é
bem, e vem de Deus. O que é contra a vida é mal (pecado), são vícios, doenças
que a destroem. O mal não vem de Deus, vem do homem.
Dado um tema para discussão em
grupo, ninguém fica calado, todos têm uma opinião, quase sempre diferentes
entre si. Isto significa que o homem é um ser único, não há dois iguais na
multidão, e a solidão é a certeza da liberdade, que é o porquê de pensar. É
assim que o homem é semelhante a Deus, pois são únicos, o homem em relação ao
outro, e Deus é único em relação à tudo. Deus é único, não há outro (embora
queiram). Ele cria e sustenta (procria) a criação. Ele cria, e dele nada emana,
pois é imarcescível, eterno, não murcha nem diminui. O homem errou, se desligou
de Deus, se tornou mortal, e precisa ser sustentado (procriado). E Deus o
sustenta pelas suas virtudes que existem somente para isso. Alguns dizem que
Deus é uno com o homem, mas isso não é possível um deus uno porque o homem é impuro,
e ela não permite esta união. Deus está no homem, mas o homem não está Nele. O
homem é semelhante a Deus, mas Deus não é semelhante ao homem.
E tem mais. Deus não é um 'ser'
que cai de paraquedas em nossa vida no momento que começamos a frequentar uma
igreja. Isto é mito ensinado por costume e tradição. Fazem de Deus um homem
invisível, e o imaginam assim, porque não sabem o que é um espírito. Os
costumes mudam, mas as necessidades do homem persistem desde a caverna. Ela é
constante e eterna, não se resolve, e deixa o homem desejando a paz. Quem faz
isso é Deus, pois somos seus filhos desligados. Sua Santidade nos inquieta para
voltarmos, porque Deus é uma necessidade concreta do homem, não uma invenção,
cultura, tradição, ou superstição. O homem nasce não sabendo nada, ele aprende,
e se capacita durante a vida. Mas as coisas de Deus ninguém lhe ensina, e ele
sabe distinguir o que é certo do que é errado, porque Deus capacita, e ensina
com sua Santidade no instante ‘agora’, em que nos procria. E uma pessoa mesmo
estando em trevas poderá mudar, e se santificar, basta permitir a ação de Deus.
Não precisa ser intelectual para entender Deus, ao contrário os simples entendem
melhor, pois estão livres de conceitos.
O Espírito Santo é a
personalização da Santidade de Deus. Ele faz querer o bem, e induz um espírito
de sabedoria. A sabedoria é entendimento e aceitação das coisas queridas por
Deus. Acho interessante transcrever aqui a definição da ‘Sabedoria’ contida na
Bíblia (Sab7,21), que diz:
‘Há nela, com efeito, um espírito
inteligente, santo, único, múltiplo, sutil, móvel, penetrante, puro, claro,
inofensivo, inclinado ao bem, agudo, livre, benéfico, benévolo, estável,
seguro, livre de inquietação, que pode tudo, que cuida de tudo, que penetra em
todos os espíritos, os inteligentes, os puros, os mais sutis.’
‘Mais ágil que todo movimento é a
sabedoria: ela atravessa e penetra tudo, graças à sua pureza. Ela é um sopro do
poder de Deus, uma irradiação límpida da glória do Todo-poderoso; assim nenhuma
mancha pode insinuar-se nela. É ela uma efusão da luz eterna, um espelho sem
mancha da atividade de Deus, e uma imagem de sua bondade. Embora única tudo
pode; imutável em si mesma renova todas as coisas. Ela se derrama de geração em
geração nas almas santas e forma os amigos e os intérpretes de Deus, porque
Deus somente ama quem vive com a sabedoria’! ‘É ela, com efeito, mais bela que
o sol e ultrapassa o conjunto dos astros. Comparada à luz, ela se sobreleva,
porque à luz sucede a noite, enquanto que, contra a sabedoria, o mal não
prevalece’.
Deus é Santo (Espírito de
santidade), e é incapaz de castigar. Quando corrige, faz com amor. Perdoa e
ensina. Não maltrata, nem faz sofrer como dizem. É eterno, não depende do
tempo, não tem dias, noites, passado ou futuro. Por ser eterno se faz presente
‘no agora’ através das leis (da natureza) que guardam a sua vontade. Por estar
sempre presente ele é amor. Por estar presente e amar, compreende nossa
fraqueza, quer nos conquistar, e nos levar de volta ao paraíso perdido. Ele se
manifesta no ‘agora’, e nos mantém, porque senão morreríamos. Ensina, e espera
paciente nosso crescimento. Neste tempo de espera não faz justiça, mas
misericórdia, é o tempo da ‘graça’, quando ele faz de tudo para nos atrair, para
ser encontrado e acelerar nossa mudança.
É muito difícil ter a
simplicidade necessária para sentir a presença de Deus. Muitas pessoas o
procuram através de mitos, mistérios, crenças, superstições, santos, anjos, mas
estes são verdadeiros obstáculos que nos afasta de Deus.
Repito que a simplicidade da
presença de Deus ocorre quando se sabe (ou se quer saber) para que serve a vida
e as coisas, e a quem realmente se serve. A simplicidade está na inteligência
pensada em oração não emotiva, na alegria (interior), na paz (interior), na
beleza e nas funções das leis da natureza, que são as maiores testemunhas da
presença de Deus.
Comentário 4:
A comunicação.
Deus
se comunicou com Moisés através de relâmpagos e trovões no meio de fumaça e
nuvem no alto do monte Sinai, e o povo na planície ficava apavorado (Ex19).
Isto significa que a voz de Deus é como um trovão que se ouve, mas não se
entende. O ensinamento de Deus é como o relâmpago, com grande poder e muita
luz, que dá medo. Tão rápido que nada se apreende.
Para
receber o ensinamento de Deus a pessoa deve querer e aceitar, porque o homem é
imperfeito, não suporta o bom conhecimento, e se desvia do entendimento, mas
Deus o prepara, como no caso de Moisés. A Bíblia (Eclo39) diz: ‘o sábio procura
cuidadosamente a sabedoria, e aplica-se no seu estudo. Desde o alvorecer aplica
o coração à vigília para se unir ao Senhor que o criou, e ora na presença do
Altíssimo. Abre sua boca para orar, e pede perdão de seus pecados, pois se for
da vontade do Senhor, que é grande, ele o cumulará do espírito de inteligência.
Então ele aspergirá palavras de sabedoria como chuva, e louvará o Senhor em sua
oração. O Senhor orientará seus conselhos e ensinamentos, e ele meditará nos
mistérios divinos. Ensinará ele próprio o conhecimento de sua doutrina. Porá
sua glória na lei do Senhor’.
Por
isso a comunicação com Deus é importante. Ela é feita por sinais e prodígios,
relâmpagos e trovões. O homem deve aprender esta linguagem, pois Deus sabe tudo
que ele precisa, e ele o dará quando pedir para aplicar no bem. Em resposta o
homem deve emitir para Deus sinais de virtude, como humildade, simplicidade,
respeito e oração. Por exemplo: Quem quer saúde deve evitar o fumo, álcool,
gordura, açúcar e exercitar-se sem exagero para sinalizar a Deus que quer
saúde. E ele a dará, não por mérito de quem pede, mas por sua bondade. Há pessoas
que não bebem nem fumam, e têm péssima saúde, porque Deus também nega, não por
maldade, mas para levar quem pede a refletir sobre suas atitudes, porque Deus é
um Deus vivo, e guia o homem servil.
Comentário 5:
Características fundamentais de
Deus.
O
universo é dominado por Deus, que é o princípio de tudo, o alfa, o zero, o
ponto de partida. Existir é 'estar'. Antes de existir se deve 'ser', e o que não
vier do ser, não existirá. Deus é Ser eternamente, tudo que existe está nele
como projeto, e ele cria. Ele disse a Moisés, diga ao povo que meu nome é JAVÉ
(Eu Sou), porque ele é antes de existir. Ele é a essência, o projeto, a causa,
o que deve ser. Ele é o tudo, a substância única. A criação se origina na sua
vontade, passa a existir ao seu comando, e cumpre sua vontade (as leis). A
criação é o estar, que é a imagem, a cópia, a aparência inversa do ser. O ser
ama a criação, lhe dá as leis que a envolve, a domina, e a protege com
fidelidade a ela própria. Tudo funciona perfeitamente.
Deus
independe da criação. Ele cria e sustenta a criação para vê-la fazer sua
vontade. Fazer a vontade de Deus é o louvor, e reconhecê-lo como Deus é
adoração. Se não houvesse criação, tudo existiria para Deus, bastava ele
querer. Deus é espírito. O Espírito dá o movimento da vida, e vivifica tudo.
Conhecimento e espírito (ciência e vida, potência e cinética, enfim dinâmica)
são os fundamentos da criação e da vida, frutos da vontade de Deus e consequência
de seu ser.
Comentário 6:
Eclesiologia (sobre a igreja).
O homem
sonda a natureza, e sem saber ele procura Deus, e o encontra na natureza. O
medo e o amor faz com que ele se reúna para celebrar Deus, e assim nasce a
igreja. A igreja passa a ser o local da ligação com Deus, da religião. A ligação pode ser feita pelo medo, temor, celebração e adoração. O medo gera a superstição, o temor gera o respeito, a celebração gera a reverência, e a adoração gera o mito.
DEUS VIVO
Síntese: Deus é Vida, e dá vida a
tudo. Faz respirar, pulsar o coração. Faz a fotossíntese das plantas. Move os
átomos e moléculas das substâncias. Mantém os astros em suas órbitas.
Comentário 1:
A vida e o sangue.
Os
antigos descreviam a vida da seguinte forma:
O sangue é a alma, e retém a
vida. Ele é bombeado puro para o corpo pelo coração que tem poder de dar o
movimento, e distribuir o sangue (puro). Por isso o coração é o lugar dos
espíritos, das ideias, do movimento, do impulso, da emoção, do sentimento. O
sangue passa pelos músculos, e dá vigor e movimento ao corpo, mas se contamina
pelo contato, e volta ao coração de onde é bombeado para a purificação nos
pulmões, onde a impureza é queimada e expelida. Ali recebe a vida espiritual do
ar, no respiro, que é o sopro do espírito invisível de Deus que entra pelas
narinas a cada respiro e recria a vida. O sangue novo purificado e oxigenado é
distribuído pelo coração para o corpo. O coração tem dois compartimentos o puro
e o contaminado. Ele é o lugar (templo) do espírito puro de Deus, e do espírito
contaminado do homem, e lugar das emoções, sentimentos, das boas e más ações. A
filtragem do sangue é feita nos rins, que é a consciência, a razão, a
inteligência do homem (que quer se purificar), é o discernimento, juízo e
separação, onde o excesso é eliminado. O sangue tem a vida, e segue por dois
caminhos o puro que constrói e sustenta, e o impuro que prejudica deve se
purificar.
O
alimento material vem pela digestão, e o que é bom vai para o sangue pelo
fígado, mantendo a vida. O fígado é o órgão da fidelidade, pois ele só pode
admitir o que é bom. O alimento espiritual vem pelo ar, purifica o sangue, e
mantém a vida espiritual. O fígado é a porta material, e o pulmão é a porta
espiritual do corpo, por onde entra o espírito da vida.
Comentário 2:
Deus é vida eterna.
Deus dá a vida, e a vida é o ato
de respirar agora, neste instante. Então Deus está presente no ‘agora’, que é o
ponto comum entre o real e o verdadeiro (a passagem para o eterno). Tudo só
existe agora, nem um segundo antes nem depois. Neste momento ‘agora’, a vida
(espiritual) se transforma em existência (material). Passa de ser para estar, e
cria o tempo (Kronos) da realidade. No início houve a criação, agora a cada
instante ocorre a sustentação, e isso prova que Deus existe, é eterno e
presente. É Deus do ‘agora’ tempo que nunca passa, tempo eterno dado de graça
(Kairós). A vida é uma sequência de agora, com Deus presente, pois sem ele não
há agora, nem tempo, nem respiração, nem vida, nem existência, nem realidade.
Ele dá a experiência de estar vivo, e seu Espírito é vivência para o bem. Deus
é vida tanto biológica quanto intelectual. O homem que vive somente a vida
biológica tem o ‘ser’ morto, e precisa ressuscitar pela conversão, ou seja,
pela mudança do modo de pensar. Entenda por vida intelectual como viver na
razão com Deus. Exemplo: Se diz que ama, mas não respeita, então não ama, só pensa
que ama. Diz que é amigo, mas não cultiva a amizade, então não é amigo, só pensa
que é.
Deus é o Espírito perfeito. Por
ser espírito é imaterial, adimensional e sem forma, mas ele se manifesta na
sustentação da criação. A manifestação de Deus não é a criação, mas é o poder
de criar, recriar, e dar vida a tudo. Ele dá ao homem inteligência e
pensamento, mas não o torna um deus, mas criatura feita à sua semelhança.
Pensar é liberdade, pois para pensar precisa-se ser livre, e Deus nos dá a
liberdade como livre arbítrio.
Investigando a vida se descobre
as leis que a cria e a mantém. Percebe-se que tudo é feito com muita sabedoria,
cada coisa tem seu peso, medida e tempo. A vida é a obra prima de Deus.
Observam-se coisas ínfimas, outras gigantescas, mas todas têm muita ciência, e
mostram o poder de Deus. Como tudo está na medida certa e em equilíbrio, sente-se
sua perfeição. Estes sentimentos ‘eleva’ à origem destas coisas, onde está
Deus. A natureza é a vontade de Deus, ou melhor, é o arquivo da vontade de
Deus. Cada detalhe representa uma ciência muito grande. E tudo se move e
‘funciona’. Veja uma rocha, estática aos nossos olhos, mas tem milhões de
átomos se movendo sem parar, sempre a mesma ordem, sempre a mesma lei, cumprida
com justiça e perfeição. Quem movimenta o átomo? Quem controla o elétron para
não mudar de órbita? Quem define a quantidade de energia certa para que o
elétron fique sempre na mesma órbita? Isso mostra que Deus é vivo, e dá a vida
neste momento eterno do agora. Sua vontade (palavra, lei) promove os movimentos
físicos e químicos, numa rotina cheia de vida e ciência, incansável,
maravilhosa, no presente e eternamente. E seu espírito (Sabedoria) a faz viver
mantendo seus movimentos com precisão (justiça).
Quando olho para mim, minha
experiência e pensamentos, consigo perceber a ação de Deus nos fatos ocorridos.
A presença num fato atual, de agora, confesso que não percebo, mas não é porque
ele não está agindo, é porque eu ainda não consigo perceber. Vejamos, hoje
ocorre um fato importante, e eu não percebo nada, mas passado algum tempo, no
futuro, vou me lembrar dele, e vou ver o que eu planejava e queria, e o que
realmente aconteceu. Houve caso que ocorreu o contrário do que eu queria, mas,
percebi que foi melhor do que o que eu queria. Deus é um companheiro inseparável,
nos ama e administra nosso ser, se permitimos. É Deus presente, Deus amor,
Espírito de vida, vivo em nossa inteligência, não vivo na memória. Muitas
pessoas não percebem, e chegam a zombar quando alguém lhes fala disso, porque
vivem no desconhecimento, e vivem mal. Mesmo que vivam bem no mundo, fazem mal
para si mesmas.
Comentário 3:
A experiência.
Outro
dia ouvi uma música antiga, que dizia:
‘Quem é que não
sofre por alguém?
Quem é que não
chora uma lágrima perdida?
Quem é que não
tem um grande amor?
Quem é que não
sofre uma grande dor?’ Ou algo assim.
Aí pensei comigo. Como é que as
pessoas gostam de se iludir e sofrer. Isto é uma adoração ao deus da dor. Será
que é difícil cantar à alegria e ao amor verdadeiros? Adorar um deus que nos dê
alegria em vez de dor?
É difícil de acreditar, mas as
pessoas escolhem o mal, a ilusão, o sofrimento e a dor. Muitos cantam esta
música, e sofrem, sem nunca ter tido uma experiência amorosa, ou uma desilusão
(palavra sugestiva esta!). Sofrem por amor à ilusão e ao sofrimento, porque são
guiados pelo espírito da moda, ou pelo espírito da música, que diz que todo
mundo sofre. Que treva! Que ignorância! Vamos pessoal! Mude de direção! Troque
de caminho! Corrija seu proceder! Deixe se guiar pelo espírito de Deus.
Converta-se à alegria, à paz e ao amor verdadeiro. Cante à paz, à alegria, à
vida. Cante ao Deus vivo, porque só Ele dá a experiência de viver o bem.
Alguém diz: eu quero viver a
vida, e experimentar as coisas (más) enquanto estou vivo. Muito bem.
Experimente também as coisas BOAS, do bem. Compare-as. Que experiência tem uma
pessoa que só vive a vida do mundo? Tem meia experiência, só a experiência do
mundo, que é uma experiência negativa, que não serve para nada, ou melhor,
serve para a violência, a destruição e a morte. Falta-lhe a outra metade.
Diga-se de passagem, falta a melhor parte, que é a experiência do bem e da
liberdade, pois só ela é válida, só ela tem valor. Só ela produz frutos de bom conhecimento,
entendimento, respeito, ordem, paz, alegria, amor. Enquanto a experiência do
mal é indecisão, é não escolher o bem, porque o bem tem que ser querido e escolhido,
é não usar a inteligência e a liberdade. Ninguém precisa viver em brigas,
confusões, guerras e sofrimentos. Se quiser pode viver estas experiências lendo
a Bíblia, porque ela narra a história do povo Hebreu (Israel), para nos
ensinar, dar experiência e conhecimento. Este povo sempre viveu perseguido e
escravo, entretanto não foi destruído, porque a mão de Deus o guia. Isto a
Bíblia ensina e mostra como. Ao lê-la você vai ter todo tipo de experiência que
duraram gerações, e as viverá numa leitura, sem sofrimento real, mas em
compaixão e comunhão, conhecendo e entendendo várias atitudes dos homens.
Aprendendo a viver humanamente o perdão, a paciência, e a injustiça; e
espiritualmente a vitória, a glória, a sagacidade, a inteligência de um povo
escolhido. Isto é experiência.
Deus diz ao homem: ‘Coloco diante
de ti a água e o fogo: pegue o que deseja. A vida e a morte, o bem e o mal, estão
diante de ti, o que escolher lhe será dado, porque é grande a sabedoria de
Deus’ (Eclo15,17). Pois é, o homem é livre para escolher, então a cada 'agora'
de sua vida escolha o bem, senão vai ficar com o mal, que é o padrão humano.
Escolha o melhor. Escolha o bem.
Comentário 4:
A oração.
Deus dá a vida. E a vida é uma sequência
de respiros, ou seja, uma sequência de momentos ‘agora’, onde ele está
presente. A oração é o diálogo com Deus. Ela pode ser individual e coletiva. A
oração individual serve para reclamar, desabafar, pedir perdão, perdoar, também
agradecer e elogiar. Na oração coletiva, se fala do coletivo. O falar com Deus
traz à luz questões que estão escondidas no inconsciente. Posta a questão sua
solução poderá ser imediata. Isto é Deus agindo instantaneamente no agora da
oração. No caso coletivo, os problemas publicados passam à consciência
coletiva, ou seja, muitas pessoas que não os percebiam, e podiam até ser causa,
passarão a vê-los, e contribuirão para sua solução. Isto é Deus agindo no agora
da oração. Se a resposta demora é devido à complexidade do agir humano, da
capacidade de entendimento, ou de ações coletivas mais complexas. Isto pelo
lado humano da oração, enquanto que pelo lado espiritual, há de se ver se o
pedido tem fundamento para ser atendido.
Comentário 5:
A vida é uma religião.
Deus dá o bem, mas o bem
coletivo, o bem do próximo, não o bem egoísta. Todos se acham bons e do bem,
mas são maus, e este pretenso bem é egoísmo disfarçado. O pensamento no
verdadeiro bem é a vida e a verdadeira religião, e ele cria ligações de
neurônios que resultam em reflexos, instintos e novos pensamentos para o bem.
Como o homem é egoísta, portanto mau, ele precisa se reeducar para montar no
seu cérebro uma nova rede de neurônios pensadores do bem. Para isso a pessoa
deve querer, e se empenhar nos pensamentos do bem. As igrejas e o culto
religioso deveriam (pois não fazem) ajudar na formação do novo homem religioso,
para que a sociedade viva a vida no bem, com Deus.
SENHOR
Síntese: Só há um Deus (Javé) e
só um Senhor (Jesus).
Comentário:
Quando Deus apareceu a Moisés no
Monte Sinai (Ex3), ele se identificou como: JHWH, traduzido como EU SOU O QUE
SOU (Javé ou Jeová). Minha sugestão para a tradução é ESTOU SENDO SEMPRE O QUE
SOU, porque definiria melhor o nome de Deus. Pois ESTOU SENDO contém o sentido
da ação contínua no instante agora, para o homem, através da sua vontade (leis
naturais) para a sustentação e recriação das coisas. Veja que tudo na natureza
se auto equilibra, sempre. Em SEMPRE ele garante que a sua vontade será
realizada corretamente no tempo exato, como algo eterno, justo e perfeito. Em O
QUE SOU tem o sentido de SER, de substancia, conteúdo, que preenche tudo
segundo sua ordem.
Os israelitas no Velho Testamento
chamavam-no SENHOR (Adonai), pois era proibido pelos escribas, falar o seu nome
JAVÉ, para não correr o risco de desrespeitá-lo pelo segundo mandamento. Mas
para os gnósticos da época de Jesus, Javé era deus do mal. Acredito que foi
isso que levou os escribas a proibir falar o nome.
A palavra Senhor tem o sentido de
proprietário, dono de tudo, e insinua que todos estão a seu serviço para
servi-lo. No Novo Testamento o título Senhor é dado a Jesus, pois ele foi o
‘enviado’ para ensinar, e dar exemplos da vontade de Deus. Foi morto,
ressuscitado, colocado à direita de Deus que o tornou Senhor dos homens
(At2,32), porque sua morte serviu para resgatar o homem da morte.
Quando falo em Senhor me lembro
dos servos, aqueles que servem ao senhor. Na opinião popular sobre religião, os
servos são ‘cordeirinhos’ obedientes, submissos e manobrados pela igreja. De
fato, devem ser cordeiros submissos e manobrados por Cristo, e não pela igreja.
Devem ser sem vontade própria, pois renunciaram dela, para renascer novo homem
em Cristo. Mas o que o popular não sabe, e só saberá se provar, é que o Senhor
dá aos seus servos carta de alforria para a liberdade definitiva. O Senhor é
bom, generoso, cheio de bênçãos para os seus, e os trata com muito respeito,
sem distinção ou preconceito, com paciência e perdão, dá o peixe (sustenta)
enquanto ensina a pescar. Quando o servo souber pescar, e se sustentar, recebe
a alforria. Só que os servos permanecem com seu Senhor usufruindo de sua
magnanimidade e misericórdia, porque este é o melhor lugar para se ser, e
estar. A opção de não ser servo do Senhor, é caminhar pelo caminho largo e
festivo da vida, o caminho padrão do homem, que é ser escravo do erro, servindo
a outros deuses, e vivendo uma vida falsa de engano e ilusão.
A verdadeira liberdade é aquela
adquirida pela libertação dada pelo Senhor, pois ele resgatou o homem comprando-o
do pecado com sua vida, e aquele que não quer ser resgatado do pecado permanecerá
escravo dele.
AMOR
Síntese: Amar é querer estar
sempre junto de quem se ama.
Comentário 1:
Amar é
estar perto de quem se ama gozando as coisas boas, e aceitando com paciência as
desagradáveis. Mas no amor tudo é agradável. Se há algo desagradável é porque
falta amor, pois o amor justifica, faz tudo parecer certo, entende e explica a
falha do outro, e torna tudo agradável. Quando se diz que Deus nos ama, quer se
dizer que ele está sempre conosco, para proteger e guiar no melhor caminho.
Os
gregos antigos identificavam quatro tipos de amor:
1- Eros
que é apego, paixão, atração física.
2- Storgos
que é afeto, amizade.
3- Filia
que é fraternidade, amor familiar.
4- Ágape
que é misericórdia, caridade, amor de Deus.
O amor
de Deus é o mais puro e perfeito, pois espera a vida inteira que o amemos. Ele
opera em conversão, comunhão e providência. A conversão é do inferior para o
superior, a comunhão é entre os iguais, e a providência é do superior para o
inferior. Depois do amor de Deus o amor dos pais é o mais importante. Por isso
Deus se apresenta para nós como Pai.
A
melhor descrição que vi para o amor de Deus é a do apóstolo Paulo em sua
primeira carta aos Coríntios (1Cor13), que diz:
‘Ainda que eu falasse as línguas
dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como o bronze que soa, ou
como o sino que toca. Mesmo que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse
todos os mistérios e toda a ciência; mesmo que tivesse toda a fé a ponto de
transportar montanhas, se não tiver caridade, não sou nada. Ainda que
distribuísse todos os meus bens em sustento dos pobres, e ainda que entregasse
o meu corpo para ser queimado, se não tiver caridade, de nada valeria!
A caridade é paciente, é bondosa.
Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa.
Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se
alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta’.
A
caridade (amor de Deus) se resume em fazer o bem ao próximo sem esperar nada em
troca, nem dele, nem de Deus, porque é nossa obrigação amar (é a lei). E quem
ama está acima da lei, a lei não o alcança porque ele a cumpre, e dela não deve
ter receio. Quem se ofende é porque não ama, e não sabe perdoar. Se não amamos
descumprimos a lei, e pecamos. O pecado é o contrário do amor, e faz o homem
imperfeito.
O bem
ao próximo normalmente não é aquilo que ele deseja, mas aquilo que ele precisa
para se aperfeiçoar. Há uma ajuda emergencial, um socorro, mas a verdadeira
ajuda é a caridade, pois ela faz crescer, e se tornar independente, ela é
libertadora. Como diz o ditado: ‘Não só dê o peixe, mas ensine a pescar’. O
peixe pode ser dado na emergência, mas o importante é ensinar a pescar, isto é
caridade. A caridade é um sentimento que embriaga no bom sentido, traz prazer,
paz, alegria e liberdade. A liberdade é um dom de Deus, que traz autonomia, e
faz se desprender de si e dos apegos.
Quem
vence uma luta se torna responsável pelo vencido, e tem que cuidar dele. Se der
a liberdade ao vencido (quando ele conseguir caminhar livre), o vencedor também
se liberta da responsabilidade de cuidar dele. Quem ama faz de graça pelo
prazer de ajudar, e não há compromisso após o feito, pois o amor liberta o
ajudante e o ajudado. Quando houver dependência, é porque está faltando amor.
Deus dá amor, e o amor traz a liberdade; e ambas são dons de Deus.
Comentário 2:
Amores
Amar é
querer estar junto, bem juntinho. Quem ama não vê defeitos, só descobre
maravilhas e gozo junto a quem ama. Mas há amores e amores.
Amor
material é aquele que quer a pessoa e seus bens, e quanto
mais tem mais deseja.
Amor
humano, aquele que compreende, perdoa e espera.
Amor
espiritual, aquele que quer gozar as maravilhas de Deus e sua proteção.
Contempla a natureza e descobre o poder de Deus. Percebe sua justiça e
fidelidade em suas leis (naturais), e no amor. Na precisão com que ele faz tudo
acontecer. Num nascer ou por do Sol. Num céu de estrelas. Num campo sem flores,
e nele com flores. Na beleza e delícias dos alimentos. E muito, muito mais. E
tudo isso porque nos ama e quer o melhor para nós. Amar é reconhecer estes
atributos de Deus. Amar é agradecer a Deus pela vida de tudo que existe, em elogios
e louvores. Desamar é fazer ao contrário: amar a feiura, a violência e as
coisas negativas.
Amor
de Deus, aquele que Ele tem por nós. Ensina-nos para nos tirar do barro do
chão, porque mesmo feitos do barro agora somos vida, e Ele espera nosso
despertar para esta vida.
Comentário 3:
Amor emocional e amor racional.
O amor emocional é o amor do
homem. Egoísta, quer fazer a sua vontade e se satisfazer. O direito de ser
feliz.
O amor racional é o amor de Deus,
que quer renúncia, paciência e compreensão. É o amor do bem comum, que às vezes
é contrário ao desejo da pessoa, mas é bom para o outro e toda a comunidade. É
o amor do dever. Devemos deixar nossa vontade e fazer a vontade de Deus, que é
boa para todos.
VERDADE
Síntese 1: A verdade (absoluta) é
a vontade de Deus.
Síntese 2: A verdade são as leis
que sustentam a criação.
Comentário 1:
Verdade como ciência.
A verdade absoluta é a vontade de
Deus, ela está nas leis da natureza, e a partir dela é que tudo foi criado.
Leis que inspiram as ciências dos homens (física, química, biologia e outras).
A inteligência do homem é curiosa, e precisa se comunicar; quer conhecer, e
estudar as coisas. A necessidade, o medo e a sobrevivência aumentam esta
curiosidade. Tudo isso levou o homem a falar, e criar a escrita para se
comunicar. A escrita trouxe progresso, e abriu espaço para pesquisa, estudo e
registro do conhecimento. O homem acredita que tudo que sabe é verdadeiro, e
seu conhecimento passa a ser crença, e na procura da verdade pode encontrar
Deus.
A verdade que se conhece é a
verdade do homem, e são as ciências. Ela é uma visão parcial da criação e de
Deus. É imperfeita, pois sofre influência do tempo, dos esforços e dramas do
observador. A verdade (absoluta) de Deus é EU SOU O QUE SOU, e a do homem é EU
SOU O QUE PENSO QUE SOU, que é sua realidade. As ciências são visões de baixo
para cima, do homem para Deus. São duplamente falsas, primeiro porque cada pessoa
tem uma visão, depois, porque a realidade muda a cada instante, e o que se vê
agora, não continua vendo. O homem vive no mundo real, não entende a verdade,
nem alcança Deus. Por exemplo. Olha-se para cima e diz que o céu é azul. Se toma
um balão sobe ao alto no meio do azul, não o encontra, só o vê ao longe. Assim
é Deus está entre nós, mas é inatingível, só pode ser percebido. Deus não é a
natureza, mas deixa marcas nela, para ser encontrado por quem o procura.
Comentário 2:
A Verdade é única como Deus.
A verdade é única e sem
tendências, mas existe a verdade do homem, que é parcial, tendenciosa e específica
(ex. verdade religiosa, científica, popular). Através dela pode se aproximar da
verdade única, mas para isto é preciso usar a Sabedoria que vem do espírito de
Deus. De Deus vem a Verdade, das ciências vem o conhecimento humano. A verdade
confirma o conhecimento verdadeiro (seja religioso, científico, popular), e
nega o tendencioso. A verdade é o ponto de convergência de todas as tendências.
Podemos procurar a verdade de
dois modos:
1- do homem para Deus (de baixo
para cima, do fim para o princípio, da diversidade para a unidade).
2- de Deus para o homem (de cima
para baixo, do princípio para o fim, da unidade para a diversidade).
A visão de baixo é a realidade, a
visão dos homens, seja ele intelectual, filósofo e cientista. É uma visão
fragmentada da verdade, com focos de interesses, que leva à distorção da
verdade, e a falsas conclusões. Cada pessoa tem uma opinião diferente da mesma
coisa, esta diferença gera a autodefesa, que gera a fortaleza, que gera o egocentrismo,
que gera o egoísmo, que gera confusão.
A visão de cima é a Verdade, que
é única, pois não há mais que uma verdade. Por isso a Bíblia manda deixar a
própria opinião, e converter-se à verdade dela. Porque ela gera o
desprendimento das coisas, e não deixa formar o egoísmo. A visão de cima é a
visão de Deus, que vê tudo como um ponto, sem início nem fim, sem distâncias e
sem tempo. O homem não é eterno, e depende do tempo para que o ponto se mova, e
crie a realidade em figuras, objetos, e volumes.
A visão de baixo é a ciência, e a
de cima é o entendimento da ciência. Este é o limite entre Deus e o homem: que
o homem descobre a ciência (vindo de baixo), mas Deus dá o entendimento da
verdade (vindo de cima). Pois o homem explica, mas só Deus dá o entendimento e
o discernimento entre o verdadeiro e o falso (pois cada um entende de um jeito,
mas só um destes entendimentos é afim com a verdade). A princípio, um cientista
religioso estaria mais capacitado a ter as duas visões, pois saberia discernir
o bem e o mal. Quem não admite o Espírito de Deus, eliminou a fonte de
Sabedoria, fica incapaz de perceber a verdade, e não sabe discernir. Já quem
consegue discernir, deve agradecer a Deus com glórias e louvores, pois o poder,
a ciência, o entendimento, o discernimento e a verdade, são atributos (do
Espírito) de Deus, e ele os dá a quem pede. Mas na sua perfeição, Deus só
permite que o homem simples peça, e ele receberá, pois é de boca de criança que
sai a verdade.
As visões são modos. Vamos agora
aos caminhos.
Há quatro caminhos que pretendem
levar ao conhecimento, que são: a filosofia, a igreja (tradição), as ciências e
a religião (as escrituras). A filosofia quer o conhecimento amplo, e se
confunde. A igreja prefere a celebração e o louvor, à conversão; e o homem por
ser mau, prefere a igreja devido à ignorância, ao mito, ao mistério e à
superstição. A ciência estuda a realidade, mas como ela muda a cada instante, as
ciências não chegam à conclusão. As escrituras falam do conhecimento com
entendimento que é o Espírito de Deus, a visão de cima para baixo, a Verdade.
A Verdade é encoberta pelo
preconceito do cientista, e pela superstição da igreja, e estas são suas
diferenças. Só encontra a Verdade quem supera as diferenças.
Comentário 3:
Perspectivas.
Para completar o raciocínio
anterior, faço esta comparação. Conhecemos do desenho as perspectivas paralela
e cavaleira. Ambas têm um ponto de fuga, sendo que na paralela este ponto está
no infinito, e não aparece no desenho. Na cavaleira o ponto de fuga não aparece,
mas é facilmente notado. Assim é Deus, difícil de ser encontrado por quem anda
em paralelo para não encontrar, e logo reconhecido por quem procura e já ouviu
falar. Deus é o ponto de fuga das perspectivas de pensamento, mesmo quem pensa
em paralelo há de encontrá-lo se procurar.
Comparando com o comentário
anterior, digo que a visão de baixo é a visão em perspectiva paralela, aquela
no nível do chão. Enquanto a cavaleira é a visão do alto, de cima. Quando se
sobe um morro amplia-se a visão, e quanto mais se sobe mais aumenta o campo, até
que do espaço poder-se-ia ver a Terra sumir por um ponto de fuga.
Comentário 4:
A Verdade, o dever e o direito.
A Verdade é a vontade de Deus, e
segui-la é a Justiça. A justiça é não pecar. Só o monoteísmo tem juízo de
valores (Lei e Justiça), e exige que cada um escolha agora se quer pecar ou
não. Porque há um só poder soberano e uma só vontade, a de Deus. O homem pode
escolher, mas se quer a verdade deve escolher Deus, servi-lo em oração, e
assumir o dever de não pecar. A Verdade é só uma, a de se ter atitudes justas
com as leis de Deus, que são imutáveis, e impedem o homem de pecar. A Verdade é
cumprir a lei, ou seja, cumprir nosso dever. O direito é exigir que o outro
cumpra a lei, mesmo que quem exige não a cumpra. O dever vem do monoteísmo, e o
direito do politeísmo, pois ele permite que se escolha outro deus para fugir do
dever.
O direito exalta o homem que se
acha poderoso e perfeito em seus direitos, enquanto o dever impõe ao homem a
obrigação de amar o próximo, com paciência e perdão. O dever é o sacrifício de
louvor que o homem oferece a Deus em sua batalha espiritual diária. Este sacrifício
purifica e aperfeiçoa sua inteligência levando-o a atingir a Sabedoria, que é o
braço esquerdo de Deus. E esta é a verdadeira religião.
Comentário 5:
A
Verdade, onde está?
Primeiros conceitos:
na
filosofia
na Bíblia
no livro: Quem
sabe?
física
mundo
material
realidade
X
X X
metafísica
mundo espiritual verdade
A Verdade é desconhecida de
todos, e todos querem dominá-la, mas ela está além da capacidade humana. O
homem que a procura deve projetá-la para além de seu raciocínio, no campo
espiritual desconhecido, e seguir naquela direção. Mas ela é inacessível, e ele
deve saber disso. Deve procurá-la com a inteligência simples. Não adianta
pensar que já a encontrou, nem acreditar em quem assim diz. Porque o homem
cansado de procurar se apega aos sonhos, e cria regulamentos humanos. Temos
como exemplo:
A justiça que segue rigorosamente
os pontos e as vírgulas do Código Processual termina se afastando da causa em
juízo.
A igreja segue com rigor suas
tradições, e se afasta da Sabedoria.
Tudo isso porque a Verdade
pertence a Deus, e Deus põe condições para o homem chegar nela. Seria a Verdade
a ‘árvore da vida’ no paraíso, guardada por anjos? Sabe-se que a Verdade é um
atributo de Deus, e quem a procura sabe que não vai encontrá-la. Mas no caminho
conhecerá outros atributos, que lhe darão equilíbrio, a ciência da paz, a
ciência das coisas, a alegria, a sabedoria, o bem e o porquê de viver. Embora
todas elas sejam inatingíveis por completo, o homem saberia que elas existem, as
veria, e desfrutaria delas nos seus momentos com Deus.
Comentário 6:
Uma analogia
Podemos comparar a verdade a uma planta do tipo ‘trepadeira’,
onde a haste que guia a planta é a verdade, reta e direta para o alto, enquanto
a planta serpenteia ao longo da haste, enrosca-se, sobe, mas não substitui a
haste. Neste caso a planta seria o homem, e a haste a verdade. Ele segue a
verdade, precisa dela, envolve-se nela, mas nunca a possui, no máximo consegue
ficar grudado nela.
COMO O HOMEM
IMAGINA DEUS?
Síntese: O homem quer humanizar
Deus para não se assumir pecador, e se tornar um deus.
Comentário 1:
O homem imagina Deus nas formas
de humano, soberano e impessoal, das quais derivam os sistemas religiosos
politeísta, monoteísta e panteísta.
O homem humaniza Deus para não
assumir que é pecador, para se achar bom, e se justificar. Cria um deus homem.
Tira Deus do mundo espiritual trazendo-o para a realidade. No caso de Deus
soberano, a Bíblia mostra-o soberano e pessoal. Um deus impessoal só é possível
num processo, assim ele deixa de ser deus para ser o processo.
A ideia que se tem de Deus
depende da fé. Por isso é bom conhecer os conceitos que existem, para poder
estudá-los, e enriquecer-se de conhecimento. Como diz Paulo em sua carta Ef 4,12:
‘para o aperfeiçoamento dos
cristãos, para o desempenho da tarefa que visa à construção do novo corpo de
Cristo, até que todos tenham chegado à unidade da fé e do conhecimento do Filho
de Deus, até atingirmos o estado de homem feito, a estatura da maturidade de
Cristo. Para que não continuemos crianças ao sabor das ondas, agitados por
qualquer sopro de doutrina, ao capricho da malignidade dos homens e seus
artifícios enganosos’.
Em 1Cor15,46. ‘Mas não é o
espiritual que vem primeiro, e sim o animal. O espiritual vem depois. O
primeiro homem, tirado da terra, é terreno, o segundo veio do céu’.
Em 1Cor2,14. ‘Mas o homem natural
não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras. Nem as
pode compreender, porque é pelo Espírito que se devem ponderar’.
Deus é o centro de tudo, mas o
homem quer ser o centro. O egoísmo vem da necessidade de
autoafirmação, e o homem se obriga a vencer, e ser o melhor para ficar no
centro. Mas quando olha o céu à noite, fica na presença de Deus, e vê que ele
não é nada. Tudo fica ainda mais difícil de aceitar! Com o orgulho ferido, quer
viver num mundo de sombras onde sua luz possa ser notada. (Por exemplo: Adão
deixou o Paraíso, e veio para o mundo, por causa do fruto do conhecimento). No
mundo pode-se brilhar muito, e ser notável, mas perto de Deus esta luz
desaparece, então é melhor se afastar dele para que sua luz apareça. No caso
inverso, à medida que se conhece Deus, se aproxima mais, fica iluminado, e Deus
gera ‘Cristo’ no homem. Como diz Paulo: ‘Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo
que vive em mim.’ (Gl2,20).
Algumas pessoas não aceitam
renunciar a si, e se desculpam dizendo que Deus é uma invenção do homem para
manipular os outros, mas ele não será manipulado. Mas quem molda o Cristo no
homem, senão Deus? É claro que é preciso querer e deixar. Precisa se dispor à
introspecção e à oração, sem as quais o Cristo não é criado. E o que é este
Cristo criado? É o conhecimento e o desejo de santidade que não se conhecia,
nem se tinha, e a santidade não engana, ela só vem de Deus, porque só ele é
santo.
Entretanto, deve-se ter cuidado,
pois o homem pode criar deuses conforme sua imagem e semelhança. Um deus que atende
ao homem naquilo que ele quer. É o politeísmo, e em particular, o monoteísmo do
deus humano. Por isto há diversas denominações de igrejas, apresentando
‘Cristos’ diferentes umas das outras. Desconfie, pois são falsos deuses
vestidos de Cristo (anticristos). Paulo diz:
‘Ninguém se engane a si mesmo. Se
alguém dentre vós se julga sábio à maneira deste mundo, faça-se louco para
tornar-se sábio, porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus’.
1Cor3,18.
A oração é a melhor maneira de se
aproximar de Deus. Ela deve ser um diálogo para agradecer, pedir, desculpar-se
e elogiá-lo por suas virtudes. Agradecer pela vida e pelas coisas. Confessar os
erros e fraquezas. Falar dos sentimentos e desejos. Pedir ajuda para si e para
os outros. Esvaziar o coração. Quando faltar palavras, silenciar, e voltar à
oração. Ler e meditar as escrituras. Cantar salmos. Mas evite orações decoradas
(rezas), pois elas tiram o foco de Deus, e o diálogo perde poder, mas se ainda
não for possível, elas são melhores que não orar. Oferecer orações a santos e
anjos é idolatria, pois oração oferecida é adoração, e assim o santo é adorado.
Os santos não podem ser intercessores, pois os únicos intercessores entre o
homem e Deus são Jesus e o Espírito Santo. Os 'santos' estão mortos e aguardam
o dia do Juízo.
A falta de oração afasta de Deus,
e o pensamento se volta às questões ordinárias, que dominam a alma, e ocupam o
lugar de Cristo. Quem não tem tempo para a oração está ligado a outros
interesses, a outro deus. Isto exige de Deus bondade, compreensão, paciência e
misericórdia para mantê-lo.
Comentário 2:
O profeta e eu.
Passeava pela praça pensando em
meus problemas, quando deparei com um senhor que começou uma conversa. Tivemos
o seguinte diálogo:
Profeta: Filho está pensando em
seu deus? Não, respondi. Não tenho deus, acho que eu devo resolver meus
problemas.
Profeta: Ah, o humanista não
consegue resolver seus pequenos problemas, e quer resolver os da humanidade!
Você precisa de um deus para te salvar de seus problemas.
Respondi: Então me dê uma
sugestão.
Profeta: Vejamos. O profeta se
concentrou por um instante e disse:
‘Oráculo do deus Experiente:
Levante estas âncoras e zarpe. Deixe seu porto seguro’.
Respondi: Verdade, o homem só
sabe lançar âncoras, e se prender. Já pensei em largar tudo, mas é pior, é
melhor deixar como está.
Profeta: Mas assim não resolve o
problema. E disse:
‘Oráculo do deus do Direito:
Procure um sacerdote meu, e ele o salvará do problema, e te dará seus direitos’.
Respondi: Não acredito. Minha
situação é complexa, e pode dar errado.
Profeta: Há outro oráculo, quer
ouvir?
Respondi que sim, e ele disse:
‘Oráculo do deus que cura tudo:
Continuando assim você terá problemas de saúde, mas procure um sacerdote meu
que ele vai curar todos os efeitos´.
Respondi: Ainda não cheguei lá, e
espero não chegar a esse ponto.
Profeta: ‘Oráculo do deus Rápido:
A solução mais rápida para os problemas é a morte’.
Respondi: Já pensei nisso, mas
não quero minha morte, e a dela talvez.
Profeta: Sinto muito não poder te
ajudar, mas vamos tentar de novo. Voltou a consultar os deuses, e disse: Há
algum deus que possa salvar meu irmão?
Esperou e a seguir disse:
‘Oráculo do deus Verdadeiro:
Perdoe, e a tristeza se converterá em sorriso, a dor em alegria, e as queixas
em louvor. Se ajuste à situação, e terá paz para sempre’.
Respondi: Perdoar?! Que nada.
Seria uma derrota.
Assim terminou nosso diálogo.
A LINGUAGEM (E
CIÊNCIA) DE DEUS
Síntese: A ciência de Deus é a
maior e a única ciência, e dela derivam todas as demais.
Comentário 1:
As interpretações.
Deus
ensina coisas superiores e complexas de forma que todos possam entender. Usa
parábolas e alegorias para transmitir conhecimento, e permitir que cada um
entenda conforme sua capacidade. Por isto se deve ter cuidado com as opiniões
que ouve e lê, pois se as capacidades são diferentes as interpretações também
são. A Bíblia expressa o ensinamento de Deus. Ela é composta de vários livros,
escritos em tempos e condições diferentes. Foi traduzida para o grego, para o
latim e para as línguas locais. Às vezes são traduções que dependem de
interpretar as ideias do escritor, e isto pode alterar seu sentido. Quanto à
Bíblia, atualmente existe uma categoria de tradutores chamados exegetas, que
estudam e definem como deve ficar o texto traduzido, aproximando-o ao máximo do
que o autor quis dizer.
Comentário 2:
Deus
fala ciências para comunicar suas leis.
Na
religião as palavras: palavra, verbo, ciência, logos e conhecimento têm o mesmo
significado:
a) A ciência de Deus gera as ciências
dos homens, que foram classificadas em dois grupos: leis naturais e leis sociais.
1) Leis naturais – ou
ciências naturais, decorrem da observação da natureza.
Por ex.: física, química, matemática, e outras.
2) Leis sociais – ou
ciências sociais, decorrem da observação do comportamento do homem.
b) A vontade de Deus se expressa para
cada reino da natureza da seguinte forma:
1- nos animais e
vegetais – se expressa na genética e instintos.
2- nos minerais – se
expressa em seus átomos e cristais.
3- no homem – Além
da genética e instintos, como nos animais, o homem é racional, pensa, e tem
liberdade para dispor de si. Nele a vontade de Deus influi na capacidade de
praticar o bem, através destas cinco atitudes:
1 - compreender as coisas que
acontecem,
2 - se libertar dos seus
instintos e desejos,
3 - ajustar desvios genéticos,
4 - confiar em Deus,
5 - viver o bem (a santidade) à
semelhança de Deus.
c) Deus fala.
Deus
fala, o homem não ouve. Se ouve não presta atenção, porque vive num mundo
agitado, sem tempo para nada. Esquece-se logo, pois está com pressa. Têm outras
prioridades, outros deuses a obedecer. Mas quem quer ouvir Deus precisa dedicar
seu tempo a ele, acalmar o coração, e fugir da agitação. Diz o livro do
eclesiástico (Eclo38,25), ‘A sabedoria do escriba vem no tempo de lazer. Aquele
que pouco se agita adquire sabedoria’. Sabedoria do escriba, quer dizer o
entendimento da lei pelo escriba. Tudo que o escriba leu e escreveu durante um
tempo matura em sua mente, e se revela no momento de relaxamento. Assim
acontece conosco. Você ouve discute e até decide, mas só mais tarde quando
relaxa é que a melhor solução aparece (mas seria tarde?).
AS CONTRADIÇÕES
Síntese: O homem ouve Deus, mas
não entende, e se contradiz.
Comentário:
1- Os atributos.
Os atributos de Deus podem
parecer sem lógica, pois Deus é incompreensível. De fato, seus atributos não
passam de características humanas que se lhe atribuiu. Isto não significa que
Deus é homem, mas que fomos criados por ele, e temos por ele sentimentos de
filho. Assim para haver comunicação precisa-se dar-lhe tratamento e atributos
humanos; daí se tem um Deus que fala, ouve, corrige, ensina, castiga, abençoa.
São atributos porque lhe foram atribuídos, para se entendê-lo, mas quanto mais
se aprende dele, vê-se que isto são só atributos. Analiso aqui algumas
contradições nos atributos, que são matérias para meditação cristã.
2- Deus é bom e justo.
Deus é bom e justo com todos, e
não faz distinção de pessoas. Humanamente falando não se pode ser bom e justo
ao mesmo tempo, pois quando se é bom para um é injusto com outro. Ao dar um
benefício, quem o recebe receberá mais do que quem não recebe, e se é injusto.
Quando se dá com mérito, há justiça, e sem mérito há bondade e injustiça. Mas
Deus não dá nada por mérito, e isto é justiça.
No campo da justiça Deus tem dois
atributos, o rigor e a misericórdia. Eles exigem temor e respeito, e quem assim
procede recebe a coroa da justiça, e como prêmio Deus lhe revela a beleza da
criação. E ao grupo é dada união e força, domínio e vitória.
No tempo antigo os hebreus
invadiram Canaã e mataram o povo e lhe tomaram as terras. Alguém diz: Mas isso
é pecado e injustiça. Religiosamente falando, Israel é o povo de Deus, os cananeus
eram politeístas, e não temiam ao Deus de Israel, então não tinham sua proteção
e benesses. Neste caso, a justiça pelo rigor da lei é a morte porque eram
politeístas. E era o que acontecia. Hoje é tempo de graça e bondade. Deus
espera nossa mudança com misericórdia, mas quando acabar este tempo virá o rigor
da justiça. Quem não mudou se achará injustiçado, pois quer a graça e permanecer
no erro.
3- Espírito ‘burro’ e sabedoria.
Espírito é um estado sem ciência,
mas ao mesmo tempo se diz que o Espírito Santo dá a Sabedoria de Deus. Como
pode um espírito sem ciência dar sabedoria? Porque o Espírito sabe como agir
com perfeição, mas não sabe onde agir, e aguarda ordem para agir. Quem vai dar
a ordem é o conhecimento, que tudo conhece, mas não pode agir. Sabe mandar, mas
não sabe fazer. O conhecimento administra, e o entendimento age com o
conhecimento. O espírito age sobre a ciência. Na criação, em Gênese, Deus criou
tudo com sua palavra (ciente ele dava as ordens), e o espírito agia. Deus
falava, e a criação surgia.
4- Deus eterno e espírito ação.
Deus é eterno, isto significa que
ele é sempre igual, imóvel, e nele nada muda. No entanto o Espírito é ação,
movimento. Como pode Deus imóvel ter um espírito móvel? Primeiramente, Deus é
poder, e isto quer dizer que ele tem ciência (palavra) e ação. A ciência contém
as leis, e o Espírito faz cumpri-las. As leis são fixas, eternas e não mudam, e
o Espírito também é eterno e imutável. Não é o Espírito que se move, ele faz a
criação se mover. Ele incita a mudança, e faz o homem querer mudar. Perceber o
Espírito é sentir que ‘isto é para mim’, que ‘falou para mim’. Deus sustenta
(procria) tudo a cada ‘agora’, e dá ao homem a Santidade. Ela é o espírito que
ajuda, defende, cuida, e guia para que o homem não erre. O homem gosta de ser
enganado, de errar, e quer permanecer no erro, porque desafiando pode mostrar seu potencial (de mal). O Espírito eterno e conselheiro, quer que o
homem mude, sugere que se converta, mas o Espírito não muda, o homem é que deve
mudar.
5- Fé, obra e salvação.
Deus criou o homem puro e bom. Adão
desobedeceu, e pecou. Este pecado é o conhecimento que causa o mal social, que
é transmitido na educação, tradição e cultura através dos pais. Mas Deus deu ao
homem o discernimento entre o bem e o mal, e ele pode escolher. Se escolher o
bem automaticamente renuncia ao mal, e passa a ter atitudes e obras que levam
ao bem e a salvação. Deus criou o homem salvo no paraíso. A salvação faz parte
do projeto de Deus desde a criação, e agora é confirmada por Jesus, então toda
obra em Cristo serve para recuperar a salvação perdida, e não para merecê-la.
6- Liberdade e servidão.
Deus criou o homem livre, e ele
pode escolher seu caminho, mas Deus quer que ele seja seu servo. Como explicar
isso? Deus nos faz livres, mas quer que sirvamos a ele? O homem é livre, e a
liberdade é dada por Deus, portanto é boa. O excesso de liberdade (a
liberalidade) é nocivo, e leva ao erro. O homem procura o ‘melhor’ para si,
quer tudo de bom, alegando seu direito. Isto leva à liberalidade e ao egoísmo.
Retribui o bem com o mal, não cumpre seu dever (a justiça). Tudo o que faz é
para se satisfazer, é injusto, e desrespeita o direito do outro. Deus fez o
homem livre, mas colocou nele um freio, que é a vontade de viver em paz, em harmonia
e com justiça, e lhe deu as leis para alcançá-las. O homem pode ser livre, mas
tem o dever de boa convivência, porque só assim ele alcança a liberdade.
Este é o paradoxo, que para se
ter liberdade, paz, alegria, boa convivência e desfrutar estes dons, tem que
abdicar da vontade própria, ‘deixar de ser livre’, e seguir as leis de Deus. De
fato o homem não quer ser livre, pois ele sempre escolhe algo que lhe agrada, e
se apega, e se torna servo daquilo que se apega. Então a melhor decisão é se
apegar a Deus, deixar de ser livre, e ser seu servo. Porque Deus é justo e bom,
e liberta. Logo o homem descobre que o serviço a Deus é gratificante e
libertador, e que é o único caminho para a verdadeira liberdade.
7-Livre arbítrio e onisciência
O homem feito à semelhança de
Deus tem inteligência para entender e escolher. A semelhança é a liberdade,
pois o homem é livre perante Deus. Sem liberdade não há pensamento, pois para
pensar o homem precisa ser livre, e isto o faz semelhante a Deus. A liberdade é
gerada pela inteligência, e sem ela o homem seria limitado aos instintos como
um irracional. A liberdade é o livre arbítrio, a capacidade para escolher entre
o bem e o mal, o certo e o errado, a vida e a morte. Algumas pessoas dizem:
Deus criou o homem bom, mas ele errou. Porque Deus deixou o homem errar, se Ele
sabia disso? Deixou justamente porque deu ao homem a liberdade de decidir, de
aceitar e rejeitar. Se interferisse, e não o deixasse fazer o que quer, tiraria
a liberdade dele, e ele não seria mais sua imagem e semelhança.
8- Interior ou exterior.
O interior é o pensamento, e o
exterior é o comportamento, a aparência do pensamento. A maioria das pessoas só
consegue perceber o exterior, então valoriza a aparência e as coisas materiais.
Acha que não peca, que é boa, e que não precisa melhorar, mas sente necessidade
de demonstrar suas qualidades, e ser reconhecida. Por exemplo. Para ela alegria
é um riso mecânico por motivo fútil, que pode ser obtido com um estimulante que
afaste a tristeza, faz ficar alegre, e se divertir. Esta é uma alegria externa,
falsa e barulhenta para que todos vejam que é feliz. Mas a verdadeira alegria é
a interior, silenciosa, que vem do prazer de sentir como a vida é preciosa e
bela. Quando se vê as maravilhas que Deus faz, o nascer e o por do sol, uma
flor, um amigo, um ente querido, o som do mar. Para isso é preciso estar
consciente, racional, sem efeito de estimulantes. Deus tudo criou com a
intenção de alegrar os homens, fazê-los felizes, e revelar para eles o belo, a alegria,
maravilhas e delícias. Para se conhecer o ‘interior’ é necessário silêncio,
concentração, pureza de pensamento, inteligência simples e oração.
9- Pedagogia das parábolas e
paradoxos.
Deus fala, e ensina em gotas de
sabedoria, mas cada gota dele é um mar para nós, tão grande é sua ciência. Por
isso ele usa parábolas, alegorias e paradoxos para falar conosco, pois elas são
um meio de comunicação eficiente e democrático, e permite que todos tenham acesso
à instrução divina. Desta forma Deus ensina a cada um de acordo com a sua
capacidade de compreensão. Ao ler um texto bíblico, aprende-se, mas cada vez
que se lê novamente o mesmo texto, aprende-se mais. Por isso foi dado a estes
ensinamentos o nome de ‘Boas Novas’ (Evangelho), porque cada vez que os lemos, aprendemos
coisas novas e boas como se não tivéssemos lido antes.
Os paradoxos são ensinamentos
mais elaborados, e exigem um comprometimento maior, da pessoa, com o estudo
bíblico. O leitor primário lê, e aprende pelas parábolas e alegorias. Relê várias
vezes e aprende mais. Até perceber que estes ensinamentos se combinam em
paradoxos e contradições. A parábola é como uma charada, e o paradoxo é como um
quebra-cabeça para ensinar coisas mais avançadas. Mas o entendimento correto de
tudo, vem do Espírito Santo, como diz o profeta Jeremias (Jr31,33): ‘Eis a
aliança que então farei com a casa de Israel. Incutir-lhe-ei a minha lei;
gravá-la-ei em seu coração. E ninguém terá encargo de instruir seu próximo ou
irmão, dizendo: ‘Aprende a conhecer o Senhor’, porque todos me conhecerão,
grandes e pequenos’. E João diz na sua primeira carta (1Jo2,27): ‘Quanto a vós,
a unção que dele recebestes permanece em vós. E não tendes necessidade de que
alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, assim ela
é verdadeira e não mentira’.
Os ensinamentos por paradoxos não
são ensinamentos ocultos, interpretações esotéricas, comum entre os
'estudiosos' da Bíblia. O ocultismo distorce o verdadeiro ensinamento, porque
Deus é ciência de luz e clareza de pensamento, e não ciência oculta. Os
paradoxos ficam claros na Bíblia quando o homem se dedica ao estudo dela.
Exemplo de paradoxo:
Nos livros dos Reis e das
Crônicas, consta que no reinado de Davi, ele projetou o templo, adquiriu os
materiais, organizou o culto, classificou os sacerdotes e levitas, mas foi seu
filho, o Rei Salomão, que edificou o templo, seguindo as instruções do pai. O
sacerdote Sadoc (filho de Eleazar e neto de Aarão) foi quem organizou o culto
no tabernáculo no tempo de Davi. Passou o tempo e o povo judeu se contaminou com
o paganismo, e o introduziu no templo. As reformas do culto eram feitas,
voltando aos moldes do tempo de Davi (Sadoc). As maiores reformas no culto
foram nos reinados de Ezequias, e de Josias. Quando Judá foi tomada por
Nabucodonosor os sábios e mestres judeus foram deportados para a Babilônia. Lá
aprenderam mais do paganismo, e fizeram um sincretismo com a Lei. Quando
voltaram à Jerusalém, encontraram o culto baseado nos ensinamentos de Sadoc (os
saduceus), e diferente do deles (os fariseus). Devido a isso surgiram os
partidos dos saduceus e dos fariseus, com doutrinas diferentes sobre alma e
espírito, e vida após a morte. Aos poucos os ensinamentos saduceus foram sendo
desprezados, e até os dias de hoje prevalece no cristianismo o ensinamento contaminado
dos fariseus.
10- Profeta ou mendigo?
A pessoa distraída não difere um
profeta e um mendigo, mas a observadora reconhece o profeta pela sua sabedoria.
Sabe que ele é simples, mas que Deus exalta quem se humilha. O profeta se
humilha para Deus e para os homens, mas Deus o exalta dando sabedoria, o faz
seu amigo, e lhe fala pessoalmente. O mendigo é o oposto.
11- Outras contradições para
estudar.
Deus é invisível, mas é luz.
Deus está presente, pode ser
encontrado, mas é inatingível.
Deus sabe tudo, e não impede o
mal.
Deus não pode ser comparado a
nada, mas fez o homem sua imagem.
Deus não criou o mal, mas o mal
existe.
ORAÇÃO
Síntese 1: A oração (e o louvor)
é a verdadeira religião, pois religa o homem a Deus.
Síntese 2: A oração e o louvor
são os sacrifícios que mais agradam a Deus.
Comentário 1:
Oração de arrependimento e reconciliação.
Meu Deus perdoe meus pecados,
muda meu coração, e me faça temente a ti. Não deixe que eu me afaste de ti,
pois é o meu Deus. Sei que me atrai com mansidão, paciência, simplicidade,
humildade, misericórdia, alegria, amor e bondade. Que de graça adia sua justiça
para o mais tarde possível, porque é bom, clemente e longânime, espera que eu
me arrependa, para me perdoar. Eu me arrependo, pois sei que sou ingrato e
infiel. Perdoe-me, e tire a infidelidade e ingratidão dos meus pensamentos. Faça
que eu dê mais valor a ti, do que às coisas do mundo, pois é triste e
vergonhoso ser ingrato com quem me sustenta, me mantém vivo, me dá saúde, vida
e enche minha vida de maravilhas e delícias.
Sou pequeno, mas me acho grande,
e quero ser meu dono. No fundo sou rebelde, arrogante, convencido e afastado de
ti. Não permita que isto aconteça. Perdoe-me, e tire de mim estes vícios.
Muda-me, faça-me temente e grato. Corrija meu caminho para que seja reto e
plano como o seu, e nele o Senhor possa se manifestar. Não me deixe me afastar
de ti. Agradeço-te, pois sei que olha para minha culpa para me converter, não
para me castigar. Revela-me, ensina-me corrigir minhas falhas, pois o Senhor é
a única esperança de mudança em mim. O Senhor é meu mestre, guia e pastor.
Confio na sua misericórdia, e peço que me guie pelo caminho de Cristo, pois ele
leva a ti. Caminho iluminado pelo seu Espírito, onde encontro paz, alegria,
amor, segurança, união, saúde, vida, força para viver, salvação de todo perigo
e perdição. O Senhor é refúgio e socorro garantidos todos os dias da vida. Tudo
como ensina Jesus Cristo. Amem.
Comentário 2:
Oração da manhã:
Meu Deus eu te louvo, te bendigo,
te exalto e te glorifico, porque é o meu Deus, porque Jesus é meu Senhor e
Salvador, e seu Espírito meu conselheiro e pastor. Agradeço pelo dia de hoje,
pelas bênçãos e graças, delícias e maravilhas. Pelo sol, pela chuva, pelo vento,
pelo mar, pelo solo fértil, pela semente que germina. Pelas florestas e campos,
flores e frutos, perfumes e cores, sabores e sons. Pelos sentidos, a nutrição e
a vida. Agradeço pela minha vida, pela saúde, a paz, a alegria, o silêncio.
Pela fé, a esperança e a confiança em ti. Pelo trabalho, o descanso e o sono.
Peço que perdoe meus pecados, e
dê seu Espírito Santo a todo mundo. Abençoe os governantes, as autoridades, os
políticos e os religiosos. Abençoe o mundo, o Brasil e todos nós. Abençoe os
pobres, os miseráveis, os necessitados, os flagelados, e os presos. Cure os
doentes, enfermos e acamados. Dê de comer a quem tem fome, e uma casa a quem
não tem onde morar. Mas, sobretudo, que o Senhor nos dê seu Espírito Santo para
nos moldar, conforme sua vontade. Faça a oração do pai nosso. Por Nosso Senhor
Jesus Cristo. Amem.
Comentário 3:
Oração da noite:
Deus Altíssimo e Todo Poderoso,
te louvo, te bendigo, te exalto, te glorifico, te amo e te adoro porque é o meu
Deus. Porque Jesus Cristo é o meu Senhor, salvador, mestre, rei, juiz e
libertador; e seu Espírito Santo é o meu pastor, guia, conselheiro e
consolador. Louvo-te e te bendigo, te exalto e te glorifico porque é
maravilhoso, grandioso, admirável, e me sustenta com maravilhas e delícias.
Louvo-te e te bendigo, te exalto e te glorifico, porque é amor, vida, luz, paz,
alegria, ciência e sabedoria. Porque é bom, misericordioso, compreensivo,
paciente, santo, puro, perfeito, fiel, verdadeiro, único, justo, clemente,
generoso, longânime, sustentador, dominador, excelso, magnânimo, vingador e
vencedor. Louvo-te e te bendigo, te exalto e te glorifico, porque é minha
rocha, segurança, fortaleza, refúgio, escudo, sustento, descanso, socorro e
salvação. Louvo-te e te bendigo eternamente.
Peço que nos abençoe e perdoe
nossos pecados, os meus e os de todo mundo. Da minha família (cite seus nomes),
de meus parentes e suas famílias (cite seus nomes), de meus amigos e conhecidos
(cite seus nomes). Abençoe as pessoas boas, e dê uma porção dupla às más, para
mudá-las, conforme sua vontade.
Faça a oração do pai nosso. Por
Nosso Senhor Jesus Cristo. Amem.
Comentário 4:
Oração às refeições.
Senhor Deus, eu te louvo e te
bendigo porque é bom e misericordioso, e nos sustenta apesar de nossos pecados,
porque é Santo. Por isso te agradeço pelo sustento, o alimento, o ar que
respiro, a água que bebo e seus ensinamentos diários. Por Nosso Senhor Jesus
Cristo. Amém.
Comentário 5:
Oração de agora (de todos os
instantes).
Senhor ensina-me. Senhor
salva-me. Senhor cura-me. Senhor abençoa-me.
Através do Nosso Senhor Jesus
Cristo. Amém.
Enquanto fala, pense:
Senhor ensina-me sua vontade. Se
eu não entender, salva-me das consequências dos meus erros. Se eu não permitir
cura-me da dor causada por eles.